sexta-feira, 15 de abril de 2011

TEMPO DE VACAS E IDEIAS MAGRAS

Depois do espectáculo montado à volta do black out provocado por uma avaria na Electra,no dia do frente-a-frente televisivo entre José Maria Neves e Carlos Veiga, durante a campanha para as eleições legislativas, parece-me redundante estar a falar na enorme falta de respeito em que se tem traduzido a postura do governo e dos gestores desta empresa pública, perante os clientes, os cidadãos e os eleitores. 
Não me parece que os cem dias de estado de graça que devem ser concedidos ao governo após a sua tomada de posse justifique tal atitude perante o que tem acontecido. Principalmente, se levar-mos em conta, o argumento então utilizado para acusar publicamente de sabotagem dois técnicos dessa mesma empresa.
Se por um lado até se torna compreensível o aumento do tarifário relativo ao consumo de energia, pelo crescente aumento do preço dos combustíveis, nem sempre bem explicados, já não se entende a preocupação do responsável máximo da Electra em vir publicamente informar aos consumidores e clientes, que isso não irá implicar a exigência da prestação de uma melhor qualidade de serviço, tanto em termos de qualidade como de quantidade. Ou seja este senhor vem confirmar que o problema dessa empresa não é um problema de tesouraria mas claramente de incompetência a vários níveis e de uma total despreocupação em conseguir assegurar aos seus clientes um serviço com o mínimo de qualidade.
Neste ambiente pós eleitoral de subida galopante de preços influenciados pela constante subida de combustíveis, não vemos de que forma a nossa economia poderá vir a recuperar do estado em que se encontra. Uma vez que, tendo cada vez menor poder de compra, a tendência vai ser no sentido das famílias passarem a gastar só o necessário para sobreviver à crise, fazendo com que as empresas tenham cada vez menos rendimentos e o Estado arrecade cada vez menos impostos. Para colmatar este quadro desde já preocupante, isso irá influenciar negativamente os números pouco auspiciosos de empregos disponíveis nos próximos tempos. o que poderá significar mais instabilidade nas famílias mais vulneráveis e provávelmente, mais insegurança social e aumento da criminalidade juvenil.
Seria bom que quem toma decisões políticas que vão afectar a vida de todos neste país, pudesse ter em linha de conta práticas que ajudassem a resolver problemas tão graves como o desemprego e a falta de renda das famílias para sustentarem e educarem os seus filhos, pois, estes são, a meu ver, os problemas que acabam por estar na génese da maior parte das perturbações sociais com que hoje em dia a nossa sociedade se debate.
infelizmente a realidade é cruel e faz questão de nos demonstrar que as pessoas não vivem de poesia. Se é certo que nem só do pão vive o Homem, porém, sem ele, não consegue sobreviver!

2 comentários:

da caps disse...

bocê tita escrevé uns côsa..
vá, dze nôs kem k tita inspirôb :)

2 min ku carlos veiga, às ve, ê sima 2º ano di universidade ;)

(nhu tomal no bom sentido, ya?! ;))

Baluka Brazao disse...

Da Caps, nhã inspirason ta bem di factos ki sta kontisi na nôs terra i ki divia preocupaba nôs tudo pamodi más cedo ô mas tarde ê ta kaba pa afêcta bem estar di tudo alguém. No entanto maioria di ken ki podi toma midida pa muda algum kusa, ka sta fasi nada, aliás, sa ta fasi di conta ma nada ka sta passa, pamodi ês mêsti manti status quo pês podi manti nível di vida kês teni a custa di erário público (dinhêru di povo)!

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Jasmine Keith Jarret

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