terça-feira, 27 de maio de 2008

domingo, 25 de maio de 2008

PARTILHA

TRANZI


TXÁS KRAN


SALVA NHA ALMA


BANHU FUNANÁ


VIAJI

Como tinha prometido, e porque o prometido é devido, tal como uma de frágil peça vidro que facilmente se quebra, assim como a nossa confiança, deixo aqui, para os não tiveram oportunidade de ver a minha exposição no CCF, os quadros então expostos. Aproveito para agradecer a todos quantos reservaram parte do seu precioso tempo para, ver, elogiar ou criticar, o meu trabalho. Não irei cair na tentação de justificar-me perante as críticas, porque qualquer justificação só seria válida, antes de tomar a decisão de partilhar com o publico, as minhas horas de devoção e angustia, perante a sensação de nunca estar suficientemente preparado para expor qualquer trabalho. Espero sim, poder ter proporcionado ao público, algum do muito prazer que senti, ao fazer e expor este grupo de quadros sobre o enorme labor dos Raiz di Polon.

Como as fotografias levam sempre algum tempo para fazer o donwload e são quinze fotografias, proponho dividi-las em três grupos de cinco.

Abraço a todos.

DIA DE AFRICA


Para comemorar o dia de Africa deixo-vos o quadro de Robert colescott: Marching to a Different Drummer. Neste quadro, as figuras e motivos que cercam o americano de origem africana, revela-nos um trabalhador de colarinho branco, que recebeu a sua educação universitária graças às bolsas de estudos oferecidas aos desportistas que demonstram ter alguma habilidade e são integrados nas equipes universitárias, que têm o seu próprio campeonato. Ele é educado segundo os preceitos da América Branca, mas continua preso às suas raízes negras. Colescott apresenta um discurso à volta da percepção branca do preto e a percepção preta do branco e, mostra como o racismo e a inferioridade imposta define a identidade negra.

Nhôs fika drêtu!

Fonte: Museum of Fine Arts, Boston.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

SINAIS!


Enquanto a cidade esperava tranquilamente pelos resultados oficiais das eleições autárquicas, e Filú, depois dos saltos, cambalhotas e corridas, tentava recompor-se do tombo, o mandatário tentava justificar os erros cometidos pelo candidato, com o levantar de suspeitas, sobre quem trabalhou arduamente para que estas eleições fossem, as mais justas e transparentes possíveis. Não foi por causa de qualquer erro cometido pela CNE, na sua ânsia de fazer tudo bem, que Felisberto Vieira perdeu estas eleições. Havia sinais que isso poderia acontecer, mas Filú e a sua trupe, preferiram ignorá-los, como aliás foram fazendo durante o ultimo mandato, a todas as preocupações levantadas pelos praienses. O resultado está aí, e é importante que se tirem lições, em vez de se estar a falar de votos comprados, como se a cidade fosse obrigada continuamente, a submeter-se às fantasias de Filú. Já agora, convém salientar que os votos comprados, não são só os pagos a quem vive miseravelmente dos restos da cidade, por mil escudos. São também os que são pagos com lotes de terreno e licenças de táxi! Sejamos mais lisos, minha gente, e não queiramos manter o poder político a qualquer custo. Para já, podemos dizer que ganhou a cidade, porque agora temos a expectativa que nos próximos quatro anos, algo terá que mudar, para o bem da cidade.

Texto e fotografia: Baluka Brazão

sexta-feira, 16 de maio de 2008

FORA DE CONTRÔLE

A notícia entra-nos peito a dentro e fere-nos de morte. As imagens chocam-nos. Uma criança acaba de nascer e é estrangulada e atirada a um contentor de lixo, como se de um objecto descartável se tratasse. Do outro lado da cidade, uma outra criança de apenas quatro anos é espancada pelo próprio pai até á morte.

Estamos em tempo de campanhas autárquicas e procura-se soluções para uma Praia cada vez maior, mas não obrigatoriamente melhor. A cidade cresce desordenada: junto à orla marítima as mansões, as propostas de apartamentos de alto standing … nas ribeiras, os bairros de habitações clandestinas em chapas de lata, madeira, blocos e betão, e de tudo o que estiver mais á mão. Procura-se um espaço, um teto, algo que ajude a proteger do sol, da geada, da pouca chuva que por vezes cai. Criam-se labirintos por onde grassa a miséria, a falta de dignidade, a imundice… não existe ligação á rede de esgotos nem água canalizada. A luz é roubada á ELECTRA, vendida muitas vezes por alguns funcionários menos sérios, porque esses valores vão-se perdendo, com os vários exemplos que vamos assistindo no dia-a-dia e a falta de resposta das autoridades políticas. Os discursos que deviam ser de esperança, são quase sempre ocos e retratam os males da cidade. A criança foi espancada pelo pai que só foi denunciado quando já era tarde demais.

As pessoas vão aos poucos fechando-se nas suas casas, nos seus casulos, nos seus umbigos. Fazem de conta que não vêm, não ouvem, e por isso não falam do que se passa á sua volta: da criança a quem é tirada a vida, do jovem a quem não é dada a oportunidade de viver, do adulto que sofre para sobreviver, porque todas as regras são rompidas e já ninguém controla nada; nem os próprios nervos, que podem levar um pai a espancar uma filha até á morte… nem o desespero que leva uma mãe a sufocar o seu próprio filho recém-nascido e atirá-lo para um contentor de lixo, ninguém!

Baluka Brazão

sábado, 3 de maio de 2008

MUSIKA!


O concerto começou a abrir… e terminou a abrir! Palmas, palmas e mais palmas. Pelo meio ouve espaços para tomar o fôlego, falar de paz e de um mundo melhor. As palmas acompanhavam a performance do trio que Ricardo de Deus compôs para esta noite mágica. Ricardo começou com uma bossa nova e foi abrindo páginas do seu disco Fragmentos, misturados com temas de grandes compositores, como Tom Jobim e Wayne shorter, esse mágico do saxofone. Foi uma noite mágica de bossa jazz, onde Ricardo dava o mote nos teclados, para kisó no contra baixo e Rosa na bateria e precursão, darem continuidade á dinâmica rítmica que se impunha. Pura magia que fez com que o tempo e o repertório escolhido para a noite tenham passado sem que déssemos pelo tempo. Queremos mais, exigimos mais, porque nos dá prazer e satisfação, ver músicos que vivem entre nós, tocar com tanta mestria. Quem não esteve ontem no CCF, perdeu uma das melhores noites de música ao vivo deste ano.

Ta Sumara Tempo

A minha foto
Praia, Ilha de Santiago, Cape Verde

Jasmine Keith Jarret

Jasmine Keith Jarret

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