segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A CRISE ESTÁ EM NÓS!

Entraram porta dentro, armas em riste, cabeças encapuçadas, apontaram as armas á cabeça dos empregados e pediram o dinheiro da caixa. Não satisfeitos, percorreram todos os quartos do estabelecimento á procura de mais dinheiro e foram-se embora sem levar mais nada. Aconteceu assim no Café Sofia, na praça Dr. Loreno, em pleno centro da capital, como tinha acontecido no Cometa, outro dos mais frequentados bares da cidade, na Achada Sto. António. A polícia, soube do ocorrido quando foi apresentada a queixa na esquadra, onde está acantonada. Normalmente, só sai para passar umas coimas por infracções ás regras de trânsito e para intervir nos bairros mais críticos da urbe, quando são para isso chamados e os carros de patrulhamento estão abastecidos com combustível. Deixou de se investir na prevenção, o Estado cedeu o seu "poder legítimo do uso de violência contra o cidadão" aos THUGS. Tudo lhes é Permitido: Desde a invasão ao domicílio para cometer crimes contra a vida, até encontros com o Primeiro Ministro e cachupadas com membros do governo á mistura. Afinal não somos imunes á crise! O pior, é que para além da crise económica, sofremos de uma galopante crise de valores éticos e morais. A corrupção alastra-se nas instituições do Estado, as familias retiram a autoridade aos professores nas escolas e ficam reféns das gangs juvenis, da falta de renda provocada pelo desemprego e pelas políticas sociais que aos poucos vão fragilizando essa célula fundamental da sociedade. E nós, refugiamos-nos nos nossos lares, olhamos para a TV desligada e culpamos a crise e a oposição.
A crise está em nós!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

POLÍTICA TENDO COMO FIM O BEM COMUM

Estamos em Outubro, em breve, com o virar do ano, teremos eleições autárquicas. Na Praia, o meu município, Ulisses Correia e Silva perfila-se como o candidato com maiores probabilidades de vencer o pleito eleitoral, fruto de um trabalho á frente da Câmara Municipal que tem tornado a cidade com uma melhor estética e mais funcional.
Ulisses, apesar da polémica que se gerou á volta da questão, conseguiu retirar os vendedores ambulantes das ruas do platô, libertando os passeios para o transeuntes, mas ficaram os cambistas que vêm aos poucos ocupando o lugar dos vendedores ambulantes. O caso dos cambistas é de solução mais simples do que a que se relacionava com o da venda ambulante pelas ruas do platô porque esta actividade é de todo ilegal e segundo o que tem vindo a público, através dos meios de comunicação social, está ligada ao tráfego e venda de armas e munições. Portanto, não implica a criação de um espaço para albergar estes meliantes. Sendo certo que, no entanto, este será um trabalho para a Polícia Nacional e não da Câmara Municipal.
Ulisses tornou a rua 5 de Julho num espaço aprazível para todos quantos se deslocam ao Plateau, investiu em actividades culturais e aos poucos vai apetrechando a cidade de espaços de convívio público que vão desde as praças inauguradas em vários bairros periféricos da capital, até á construção de uma nova esplanada na Praça Alexandre Albuquerque. Toda essa obra que está a ser feita pelo actual Presidente da Câmara Municipal e seus pares, poderá ser um estímulo ao convívio em espaço público, reavivando assim, o espiríto de comunidade que aos poucos se vai perdendo devido á insegurança que graça pela cidade e por quase todo o país.
Por outro lado, Correia e Silva, herdou da anterior câmara de Felisberto Vieira uma situação dificil de propagação de bairros clandestinos, fruto de políticas populistas que urge combater, pelos vários problemas sociais que este fenómeno em franca expansão trás por arrastamento, que vai desde a falta de organização urbanística até á propagação de grupos de delinquentes juvenis, do roubo de energia eléctrica, da falta de salubridade desses bairros que reúnem condições propicias para a propagação de doenças como a malária e a dengue muito presentes entre nós.
Porém, também nesta matéria, para que se possa proceder à reabiliação desses bairros, parece que será necessário uma forte cooperação com o governo, porque em alguns casos, será necessário realojar algumas famílias e, isso só será possível, através da criação de bairros sociais bem estruturados. Há no entanto, a meu ver, uma forte necessidade de uma intervenção fiscalizadora, principalmente nos bairros emergentes, evitando assim avultados prejuízos, tanto para as famílias envolvidas neste processo, bem como para o próprio Estado. É que deixar que sejam construídas as casas para depois vir demolir, para além dos confrontos entre a população e as autoridades estatais, acaba por provocar danos a ambas as partes que poderiam ser evitados com uma intervenção fiscalizadora mais eficiente.
Existem no entanto bairros onde a solução terá que passar pelo seu reordenamento, criando espaços de circulação para que possa haver acessos rápidos em caso de acidentes, bem como a criação equipamentos sociais que sirvam de apoio ás familias que ali vivem e ajudem a encurtar as distâncias da integração social. Nestes casos, parece-me de maior importância, a criação e envolvimento de associações de zona que possam ajudar os moradores a melhor entender quais a necessidades prioritárias para cada bairro e ajudar a envolver a comunidade neste processo, e na correcta utilização desses equipamentos.
A requalificação de parte da zona litoral tem vindo a proporcionar o aparecimento de mais espaços de lazer públicos e privados não obstante alguns dos gerentes e proprietários da maioria desses espaços privados continuarem a insistir em ter como música ambiente música mais adequada a discotecas do que propriamente ao tipo de negócio que gerem, onde devia prevalecer a paisagem e um som ambiente que propiciasse a contemplação e a conversa. Isso faz com que a cidade ganhe mais espaços de lazer em termos de quantidade mantendo o défice de qualidade já existente. Contudo, apesar de faltar ainda muito por fazer, Ulisses Correia e Silva coseguiu, incontestávelmente, melhorar as condições de vida de quem vive na Praia, de tal forma que já é tido como certa a sua vitória nas próximas eleições autárquicas, a tal ponto que, os outros partidos, e principalmente o grande rival do MPD, o PAICV, começa a ter dificuldades em apresentar um candidato para confrontar-se com o actual Presidente da Câmara da Praia.
Com esta atitude, Ulisses Correia e Silva está a demonstrar que, realmente, os problemas que a Praia enfrentava e ainda enfrenta, têm soluções, e que, é possível, não só resolver esses problemas, bem como, conquistar a admiração dos eleitores através do trabalho e da apresentação de ideias que visem resolver os problemas que afligem os munícipes no seu dia-a-dia. Afinal, também é possível fazer política trabalhando em prol do bem comum!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

PAÍS DE DESENVOLVIMENTO MÉDIO

 O governo em vez de criar condições económicas para que as famílias cabo-verdianas possam ter emprego e renda para construir as suas casas, constituir família e sustentá-la condignamente, distribui material de construção civil, deixa que roubem energia eléctrica, que nos roubem a nossa liberdade de livre circulação de pessoas e bens para que os filhos daqueles que vivem miserávelmente também possam ter ténis e roupas de marca. O governo em vez de criar condições económicas para que os que vivem com dificuldades possam ter esperança num futuro melhor para os seus descendentes vai aos poucos empobrecendo a classe média através de politicas populistas que só servem para ir mantendo o status quo e uma quantidade de benesses distribuidas entre alguns camaradas!
Surpreende-me a falta de ambição e de capacidade de indignação de quem vive, principalmente, na cidade da Praia, onde os cortes de energia têm sido cada vez mais regulares e a resposta que se vê, é o aparecimento de cada vez mais geradores de energia eléctrica que poluem o ambiente com fumo de gasóleo e o barulho das suas máquinas.
Aos poucos vai-nos sendo tirada a qualidade de vida que conseguimos conquistar com muito esforço desde a data da nossa independência para cá e vai-se hipotecando o futuro das gerações vindouras em nome da manutenção do poder por parte dos partidos politicos. Parece que nos recusamos a olhar para os exemplos que vêm de fora, de países europeus que atingiram niveis de endividamento público que se tonaram insustentáveis devido a más politicas económicas traçadas pelos partidos que se encontravam no poder e que está a ser pago pela classe média e por aqueles que vivem com maior dificuldade.

Ta Sumara Tempo

A minha foto
Praia, Ilha de Santiago, Cape Verde

Jasmine Keith Jarret

Jasmine Keith Jarret

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