domingo, 28 de setembro de 2008

DIGRESSÃO



Fotografia: Baluka Brazão

A companhia de dança Raiz di Polon partiu esta madrugada para a Holanda onde estará em digressão por varias cidades desse país por onze dias. Aqui está mais uma oportunidade da grande comunidade cabo-verdiana existente nesse país, estar em contacto com o que de melhor se faz no nosso país em termos de dança, arte e espectáculo. E do país ser mostrado lá fora, por quem tanto tem dado a esta sociedade, sem pedir nada em troca.

sábado, 20 de setembro de 2008

CHAMEM A POLÍCIA MILITAR


fotografia: Baluka Brazão

Vem aí a Policia Militar para as ruas e apesar de uns ser contra e outros a favor, a verdade é que a Policia Nacional, tem-se mostrado impotente para travar a vaga de criminalidade violenta que vem Assolando a nossa capital por tempo excessivo. Portanto goste-se ou não, é preciso estancar esta dinâmica de violência que se vai tornando cada vez maior. E chegados onde estamos, isso só é possível, no imediato, com medidas que possam reprimir essa atitude violenta dos jovens delinquentes da cidade, para depois então, ou em simultâneo, pensar-se em como debelar os males sociais que alimentam esta situação.
Agora é tarde para discursos de coerência. É como chorar sobre o leite derramado. Por isso há que assumir a gravidade da coisa e tratá-la pelo nome. Vamos devolver alguma autoridade á Autoridade, passe a redundância, e trazer alguma segurança ao cidadão, que está farto desta violência gratuita.
Chega de Circo… Queremos Pão, Ordem e Educação!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

COMUNICAR


Fotografia: Baluka Brazão


Temos uma nova linha de gestão na CÂMARA MUNICIPAL DA PRAIA. Parece haver vontade de apresentar soluções para a cidade. Primeiro a questão das construções clandestinas, em que antes de se proceder ao derrube, devia ter-se preparado as alternativas para as famílias que acabam por ser vítimas do sistema e dos oportunistas que se aproveitam da situação para alimentar a sua ganância pelo dinheiro. Agora a questão dos terrenos para espaços verdes e infra-estruturas urbanas da zona da cidadela. É o levantar da ponta do véu das negociatas de terrenos públicos feitas pelo edil cessante.
Estas são acções que em termos práticos podem até resultar em nada! Mas são válidas só pelo facto de se estar a comunicar um novo tipo de comportamentos para quem vive na capital.
BEM HAJA!

KONTINUASON


Fotografia: Baluka Brazão


É preciso criar registos sobre o que se passou no nosso percurso como povo e vincou a nossa entidade cultural, para sabermos de onde viemos e como chegamos até aqui onde estamos.
Foi apresentado no dia 12 em Mindelo, em estreia absoluta, no âmbito do Festival Mindelact, uma versão - não definitiva - do filme / documentário Kontinuasom. Essa mesma versão poderá ser vista também na cidade da Praia na próxima sexta-feira, dia 19 de Setembro. Este é um projecto que visa dar a conhecer um cabo verde turístico diferente, onde o principal foco é a cultura deste povo secular. As expectativas são muitas, principalmente depois da estreia em Mindelo e dos comentários tecidos sobre esta obra inacabada do realizador espanhol Oscar Martinez.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

UM SONHO



UM SONHO

A verdade é que a vida

Não se vive a sonhar

Vive-se de sonhos

Que nos acompanham

Enquanto os anos passam

Os sonhos por vezes

Tornam-se em tristes realidades

Outras vezes porém

Em sonhos

Sonhos que nunca terminam

Porque nunca paramos de sonhar

Baluka Brazão


Imagem: Angelus/Valério Adami

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

UM CICLO VICIOSO


O mês que agora finda dá-nos razões para acreditarmos numa Praia melhor a médio prazo. Para já, há que assinalar as várias actividades culturais, onde a música continua a ser uma das maiores dinamizadoras. Num só mês foram lançados na capital do país, dois discos que vêm acrescentar valor á nossa cultura e á evolução da nossa música, como música crioula e, portanto, fruto da mistura de várias influências, com especial acento no continente africano.
Seria bom que a nova equipa camarária começasse a pensar na elaboração de um programa de actividades de âmbito artístico e cultural a acontecer na cidade que teria a envolvência dos artistas e promotores de cultura a nível nacional. Acreditamos que é possível fazer da Praia uma cidade com uma programação cultural mensal, trimestral, semestral ou até mesmo anual, desde que haja vontade para se despoletar esse processo que deveria incidir sobre a zona do plateau. Aproveitemos pois todos esses workshops e residências artísticas e interculturais que têm vindo a acontecer por aqui. Se não sabem como fazê-lo, perguntem à Mizá que apesar de criticada por alguns pretensos intelectuais cá da praça, continua a dar lições de humildade, amor á arte e á cultura, organização e dinamismo, conseguindo integrar populações marginalizadas até pelos seus próprios autarcas, mostrando como é que com parcos recursos e muitas ideias, se pode desenvolver o turismo rural no interior das nossas ilhas. Convidem-na para organizar workshops sobre essa matéria e ponham á sua disposição os recursos possíveis, estou certo que ela fará maravilhas. Se não acreditam, dêem-se ao trabalho de dar um passeio até Porto Madeira e comprovem com os vossos próprios olhos, como é que se pode arranjar soluções para ajudar a travar o êxodo rural e desenvolver um turismo muito mais interessante e proveitoso nas nossas ilhas, e ainda, contribuir não só para o desenvolvimento artístico, mas também para o desenvolvimento económico do país. Bons comportamentos geram bons comportamentos. A educação deve centrar-se nos bons exemplos do que se faz por cá e no exterior. Basta querer vê-los e aplicá-los. O que está a acontecer em Porto Madeira é um verdadeiro exemplo paradigmático de como se pode e deve usar a experiência artística para resolver problemas económicos, através da dinamização da cultura.
Depois de ter assistido com grande prazer a abertura da livraria Nhô Eugénio, no piso térreo do prédio onde habito, verifiquei que nas vésperas da inauguração desse espaço, onde se vendem sonhos em forma de livros, a frutaria que também é um investimento de cidadãos estrangeiros, a residir na capital - por coincidência ambos portugueses -, tratou de dar uma lavagem ao visual para não destoar da beleza que emana da vizinha livraria. Aqui está mais um bom exemplo em como bons comportamentos geram bons comportamentos! Pois porque nem só do pão vive o homem… E por isso, começo a pensar na responsabilidade que a nossa edilidade camarária tem na hora de passar licenças para a abertura de estabelecimentos comerciais na nossa cidade. Para além das questões sanitárias e de segurança que por vezes nem a própria câmara cumpre, ficam a faltar as exigências de ordem estética… a que se devia dar a mesma atenção, pois porque esse será um factor que irá desempenhar um papel importante na valorização ou desvalorização do lugar onde esse espaço comercial estará inserido.
Pensemos pois em cultivar bons comportamentos e acabaremos por gerar bons exemplos por toda a cidade, que irão gerar bons comportamentos. Um ciclo que se pode tornar vicioso com bons resultados para a cidade, a ilha e o país.

Foto: Baluka Brazão

ONTEM FUI AO TEATRO!

Ontem fui ao teatro! Depois das peripécias para conseguir bilhetes, graças às minhas amizades, lá consegui o tão desejado ingresso para poder assistir à peça escrita por Mário Lúcio (que muito boas surpresas nos tem oferecido) e encenada por João Paulo Brito. Na Verdade, seguindo o raciocínio do César, e pelo que conheço do trabalho do João Paulo, parece inconcebível que alguém com a sua formação, visão e capacidades, não seja minimamente aproveitado pelo nosso Ministério da Cultura para formar gente nesse sector, e tenha que estar a trabalhar em outras áreas.

Depois do stress de ter que andar atrás dos bilhetes que se esgotaram, da espera para entrar no pequeno auditório - que por incrível que pareça é o melhor que existe na capital para este tipo de espectáculo -, da espera para que começasse a representação e, as desculpas da praxe… enfim, o som, as luzes, a cena, a silhueta, os movimentos, o homem, a mulher, o frigorífico! O que passa pela cabeça de um homem e uma mulher no dia do aniversário de 25 anos de vida conjugal?

Dois actores de primeira classe, proporcionam um diálogo filosófico, por vezes risível, que se transforma em monólogos, e falam-nos dos sentimentos que se desenvolvem ao longo de 25 anos de matrimónio e de convivência intima entre um homem e uma mulher… O que começou com um frigorífico, termina com flores… o que mais poderia um homem oferecer à sua companheira no dia em que completam 25 anos de casamento, senão flores?

Palmas para os actores Raquel Monteiro e Valdir Brito pelo fantástico trabalho em palco. E palmas para todos os que se empenharam no propósito de nos proporcionar uma fantástica noite de teatro.

Senhor Ministro, tire parte do seu precioso e cultural tempo, e aproveite para ir ver o trabalho destes artistas que se esforçam para dar à cidade um teatro de qualidade.



Ta Sumara Tempo

A minha foto
Praia, Ilha de Santiago, Cape Verde

Jasmine Keith Jarret

Jasmine Keith Jarret

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