Ontem fui ao teatro! Depois das peripécias para conseguir bilhetes, graças às minhas amizades, lá consegui o tão desejado ingresso para poder assistir à peça escrita por Mário Lúcio (que muito boas surpresas nos tem oferecido) e encenada por João Paulo Brito. Na Verdade, seguindo o raciocínio do César, e pelo que conheço do trabalho do João Paulo, parece inconcebível que alguém com a sua formação, visão e capacidades, não seja minimamente aproveitado pelo nosso Ministério da Cultura para formar gente nesse sector, e tenha que estar a trabalhar em outras áreas.
Depois do stress de ter que andar atrás dos bilhetes que se esgotaram, da espera para entrar no pequeno auditório - que por incrível que pareça é o melhor que existe na capital para este tipo de espectáculo -, da espera para que começasse a representação e, as desculpas da praxe… enfim, o som, as luzes, a cena, a silhueta, os movimentos, o homem, a mulher, o frigorífico! O que passa pela cabeça de um homem e uma mulher no dia do aniversário de 25 anos de vida conjugal?
Dois actores de primeira classe, proporcionam um diálogo filosófico, por vezes risível, que se transforma em monólogos, e falam-nos dos sentimentos que se desenvolvem ao longo de 25 anos de matrimónio e de convivência intima entre um homem e uma mulher… O que começou com um frigorífico, termina com flores… o que mais poderia um homem oferecer à sua companheira no dia em que completam 25 anos de casamento, senão flores?
Palmas para os actores Raquel Monteiro e Valdir Brito pelo fantástico trabalho em palco. E palmas para todos os que se empenharam no propósito de nos proporcionar uma fantástica noite de teatro.
Senhor Ministro, tire parte do seu precioso e cultural tempo, e aproveite para ir ver o trabalho destes artistas que se esforçam para dar à cidade um teatro de qualidade.
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