segunda-feira, 10 de outubro de 2011

POLÍTICA TENDO COMO FIM O BEM COMUM

Estamos em Outubro, em breve, com o virar do ano, teremos eleições autárquicas. Na Praia, o meu município, Ulisses Correia e Silva perfila-se como o candidato com maiores probabilidades de vencer o pleito eleitoral, fruto de um trabalho á frente da Câmara Municipal que tem tornado a cidade com uma melhor estética e mais funcional.
Ulisses, apesar da polémica que se gerou á volta da questão, conseguiu retirar os vendedores ambulantes das ruas do platô, libertando os passeios para o transeuntes, mas ficaram os cambistas que vêm aos poucos ocupando o lugar dos vendedores ambulantes. O caso dos cambistas é de solução mais simples do que a que se relacionava com o da venda ambulante pelas ruas do platô porque esta actividade é de todo ilegal e segundo o que tem vindo a público, através dos meios de comunicação social, está ligada ao tráfego e venda de armas e munições. Portanto, não implica a criação de um espaço para albergar estes meliantes. Sendo certo que, no entanto, este será um trabalho para a Polícia Nacional e não da Câmara Municipal.
Ulisses tornou a rua 5 de Julho num espaço aprazível para todos quantos se deslocam ao Plateau, investiu em actividades culturais e aos poucos vai apetrechando a cidade de espaços de convívio público que vão desde as praças inauguradas em vários bairros periféricos da capital, até á construção de uma nova esplanada na Praça Alexandre Albuquerque. Toda essa obra que está a ser feita pelo actual Presidente da Câmara Municipal e seus pares, poderá ser um estímulo ao convívio em espaço público, reavivando assim, o espiríto de comunidade que aos poucos se vai perdendo devido á insegurança que graça pela cidade e por quase todo o país.
Por outro lado, Correia e Silva, herdou da anterior câmara de Felisberto Vieira uma situação dificil de propagação de bairros clandestinos, fruto de políticas populistas que urge combater, pelos vários problemas sociais que este fenómeno em franca expansão trás por arrastamento, que vai desde a falta de organização urbanística até á propagação de grupos de delinquentes juvenis, do roubo de energia eléctrica, da falta de salubridade desses bairros que reúnem condições propicias para a propagação de doenças como a malária e a dengue muito presentes entre nós.
Porém, também nesta matéria, para que se possa proceder à reabiliação desses bairros, parece que será necessário uma forte cooperação com o governo, porque em alguns casos, será necessário realojar algumas famílias e, isso só será possível, através da criação de bairros sociais bem estruturados. Há no entanto, a meu ver, uma forte necessidade de uma intervenção fiscalizadora, principalmente nos bairros emergentes, evitando assim avultados prejuízos, tanto para as famílias envolvidas neste processo, bem como para o próprio Estado. É que deixar que sejam construídas as casas para depois vir demolir, para além dos confrontos entre a população e as autoridades estatais, acaba por provocar danos a ambas as partes que poderiam ser evitados com uma intervenção fiscalizadora mais eficiente.
Existem no entanto bairros onde a solução terá que passar pelo seu reordenamento, criando espaços de circulação para que possa haver acessos rápidos em caso de acidentes, bem como a criação equipamentos sociais que sirvam de apoio ás familias que ali vivem e ajudem a encurtar as distâncias da integração social. Nestes casos, parece-me de maior importância, a criação e envolvimento de associações de zona que possam ajudar os moradores a melhor entender quais a necessidades prioritárias para cada bairro e ajudar a envolver a comunidade neste processo, e na correcta utilização desses equipamentos.
A requalificação de parte da zona litoral tem vindo a proporcionar o aparecimento de mais espaços de lazer públicos e privados não obstante alguns dos gerentes e proprietários da maioria desses espaços privados continuarem a insistir em ter como música ambiente música mais adequada a discotecas do que propriamente ao tipo de negócio que gerem, onde devia prevalecer a paisagem e um som ambiente que propiciasse a contemplação e a conversa. Isso faz com que a cidade ganhe mais espaços de lazer em termos de quantidade mantendo o défice de qualidade já existente. Contudo, apesar de faltar ainda muito por fazer, Ulisses Correia e Silva coseguiu, incontestávelmente, melhorar as condições de vida de quem vive na Praia, de tal forma que já é tido como certa a sua vitória nas próximas eleições autárquicas, a tal ponto que, os outros partidos, e principalmente o grande rival do MPD, o PAICV, começa a ter dificuldades em apresentar um candidato para confrontar-se com o actual Presidente da Câmara da Praia.
Com esta atitude, Ulisses Correia e Silva está a demonstrar que, realmente, os problemas que a Praia enfrentava e ainda enfrenta, têm soluções, e que, é possível, não só resolver esses problemas, bem como, conquistar a admiração dos eleitores através do trabalho e da apresentação de ideias que visem resolver os problemas que afligem os munícipes no seu dia-a-dia. Afinal, também é possível fazer política trabalhando em prol do bem comum!

2 comentários:

Anónimo disse...

Meu amigo os exemplos de política para o bem comum não existem em Cabo Verde ou são muito poucos. Desde a década de 90 quando se pode falar em política como tal porque é quando o povo decide. O bem comum revelou-se nas empresas que foram criadas pelos antigos membros da entourage do MpD, como a Tecnicil e todas as demais empresas de Alfredo Carvalho e que tem como administradores os ex-ministros Olavo Correia e Simão Monteiro, e ainda os demais dirigentes, a empresa de Russo, as de Jacinto Santos, sem contar os advogados Monteiro, Silva e outros que hoje são riquíssimos não pelo bem comum que terão defendido mas pelo bem pessoal. Sem falar da grande empresa de Gualberto do Rosário, do império de Eugénio Inocêncio, etc. Stória é tcheu.

Abraço

Tony Aguiar (aguiartony@live.pt)

Baluka Brazao disse...

Caro Tony. Se há coisa que me dá tédio é esse discurso recorrente fundamentado em factos que se passarm nos anos noventa. Apesar das coisas más que aconteceram nessa década não me parece que essas tenham sido os piores anos que aconteceram desde que Cabo Verde se tornou num Estado de Direito Democrático. Aliás, o que vem acontecendo agora devia ter-lhe dado alguns argumentos para o seu comentário tornando-lhe mais actualista. Assim sem me esforçar muito deixo-lhe o exemplo da BMW e do seu sócio gerente que até bem pouco tempo era o presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde. Como diz, stória é tcheu... Porém, prefiro continuar a acreditar que existe gente séria na política que trabalha visando o bem comum.
Abraço.

Ta Sumara Tempo

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Praia, Ilha de Santiago, Cape Verde

Jasmine Keith Jarret

Jasmine Keith Jarret

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