sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

NÔS CABO VERDE DI SPÊRANSA!!!

Começa um novo ano e com ele novas espectativas, novas promessas, novas esparanças! Até porque, estamos em ano de eleiçōes e a campanha eleitoral há muito que começou.
O MPD lançou o "mote": MESTI MUDA!
O PAICV, por seu lado, respondeu: Cabo Verdi sa ta muda!
A bem da verdade, temos que reconhecer que Cabo Verde mudou muito em termos de criação de infrastructuras que Podem vir a ser muito úteis para o desenvolvimento do país. Contudo, o nivel de endividamento público alcançado nos últimos anos, sem se ter diminuído o desemprego, leva-nos a ser um bocado céticos em relaçāo às promessas de num futuro próximo, poder vir a fazer-se, o que não se fez, em quase dez anos de governação.
Para além das questōes demasiadamente repetidas, sobre a crescente falta de segurança nas principais cidades do país e da crise energética que se vem agravando neste fim de mandato, preocupa-nos o facto da nossa dívida orçamental, rondar neste momento, os treze porcento.
Dizem-nos os estudiosos na matéria que quando se ultrapassa a meta dos doze e meio porcento haverá forçosamente, a curto prazo, a necessidade de se aumentar os impostos.
Ora, seguindo essa linha de racicínio, somos obrigados a concluir que, Como o actual governo não foi capaz de criar, em termos de resultados práticos, políticas que podessem gerar mais emprego para os Cabo-verdianos, que se traduziria numa distribuição mais eficiente dos impostos a serem cobrados num futuro próximo, isso irá reflectir-se negativamente no nível de bem-estar dos que continuam a ter acesso ao emprego. Ou seja, mais uma vez, será a classe média a pagar as más decisōes tomadas pelos politicos.
É certo que vivemos uma democracia ainda muito incipiente que teve início a pouco mais de 20 anos e que por isso, ainda se sente nos dois maiores representantes grupos parlamentares, uma certa tendência para pensar que será possível estender a governação por mais do que dois ou três mandatos. Foi assim com o MPD e parece ser esse o sentimento que vai na alma dos militantes e simpatizantes do PAICV.
Não vale a pena estar a recorrer constantemente a períodos menos bons da nossa história para justificar o falhanço da aplicação de políticas governativas. É ponto assente que por mais que se pretenda, não voltaremos a 1991, nem muito menos a 1975!
A nosso ver, a alternância governativa, para além de reforçar a nossa jovem democracia, serve acima de tudo, para fazer correcçōes às politicas erradas ou que deram maus resultados, traçadas pelos partidos que se encontrem no governo.
Para além disso, é preciso acreditar que como alternativa ao actual governo, o MPD, neste momento, terá que ser forçosamente um partido melhor do que aquele que nos proporcionou um segundo mandato desastroso e que terá amadurecido as suas ideias nestes dez anos de oposiçāo, assim como aconteceu com o PAICV após a abertura ao multipartidarismo.
Em Democracia, quem deve decidir é o povo! E, acreditamos que pela maturidade já demonstrada em outras ocasiōes, ele decidirá por quem lhe dê garantias de poder melhorar a sua condição de vida. É necessário que os politicos entendam que, em termos de prioridades, terão que estar sempre em primeiro lugar, as pessoas.
É fundamental criar condiçōes para que todos possam viver com o minimo de dignidade, para podermos ultrapassar os Novos desafios que se nos apresentam como país independente, soberano e democrático.
Os nossos votos, sāo por isso, o de um PRÓSPERO ANO NOVO para todos os Cabo-verdianos!!

6 comentários:

Anónimo disse...

Senti-te a pender para o MpD. Mas não é essa a questão, a questão fundamental é: queremos arriscar um país que está no rumo certo, com resultados à vista de toda a gente, votando MpD só porque temos o feeling de estarem maduros? Tu realmente acreditas, olhando para as pessoas que constituem o MpD, que elas farão melhor do que as que estão no PAICV?

Baluka Brazao disse...

Se nāo tivessemos corrido o risco de entregar a governação do país a um grupo de "jovens" sem nenhuma experiência de governação em 1991, provávelmente, estariamos, ainda hoje, a viver sob um regime de partido único.
A minha pergunta é: teria sido isso o melhor para Cabo Verde?

Anónimo disse...

A quel jeu dangereux joue Pedro Pires, le président cap-verdien ?
http://news.abidjan.net/h/385281.html

Baluka Brazao disse...

Anónimo. Não consegui publicar a tua última mensagem em que dizes que "se não tivessemos entregue o poder aos Tais jovens não continuariamos num regime de partido único porque foi o PAICV quem abriu o regime e só depois dessa abertura é que o MPD Ganhou as eleiçōes", por causa de um erro gerado no site. Porém, após transcrever a tua ideia, aproveito para te lembrar que a abertura aconteceu devido às pressōes internacionais resultantes da conjuntura que o mundo vivia nessa época, com o fim da guerra fria.
Não obstante, o facto que ficou, foi que houve a assunção de um risco por parte dos cabo-verdianos quando decidiram entregar o poder a esses jovens e romper com 15 anos de governação do PAIGC/PAICV, que na altura, era tido como sendo o melhor para Cabo Verde.

Anónimo disse...

A pressão internacional para a abertura do regime é verídica, mas não suficiente para que o regime tivesse sido aberto. Quantos outros países não sofreram essas pressões e se manteem fechados? Portanto, não tires o louvor da abertura ao PAICV. Assim como não tiro o louvor do risco assumido pelo povo cv (do qual faço parte) nas eleições de 91. Mas a nossa questão inicial não é essa. A questão é: tu vês um MPD com gente capaz, nesta altura, para assumir os rumos de CV?

Baluka Brazao disse...

Anonimo. Ainda não consegui perceber o porquê de tanto interesse da tua parte em saber a minha opinião expressa sobre as qualidades das pessoas para governar este nosso país.
Devo dizer-te no entranto que comparando exemplos práticos de governação de gente do PAICV e gente do MPD, casos de Filú e Ulisses, Tenho razōes de sobra para acreditar que no MPD existe gente suficientemente competente e com outra visão politica e técnica no que tange a modelos de governação que vão de encontro ás espectativas do povo Cabo-verdiano. Contudo este é só um exemplo prático. O que deve contar, acima de tudo, são os resultados conseguidos em termos de bem estar para o povo destas ilhas e olhando para os números, em vez de estar a olhar para as afinidades partidárias, concluimos que os resultados não são nada bons e precisam ser corrigidos.

Ta Sumara Tempo

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Praia, Ilha de Santiago, Cape Verde

Jasmine Keith Jarret

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