Apesar de fazer parte do grupo de pessoas que entendem que Jorge Santos poucas hipóteses teria no confronto pela liderança do MPD, contra Carlos Veiga, penso, no entanto que, a melhor forma de eleger o seu líder, teria sido através das eleições directas na próxima convenção do movimento. Assim deve-se agir em democracia.
Os líderes e militantes do MPD não devem continuar a passar uma imagem de contínua fragilidade do movimento derivada das várias cisões que o assolaram desde a sua formação em 1990, provocadas pela discordância interna, no que tangia às políticas de governação do país, nos anos em que este movimento esteve no poder. Ao contrário do discurso de sacrifico proferido por Jorge Santos, é meu entendimento que o seu discurso foi o discurso do medo. Medo de vir a perder as eleições legislativas devido a possíveis desentendimentos internos provocados por uma disputa pela liderança dentro do movimento.
O MPD só se mostraria uno e coeso, se após as eleições internas formasse um grupo forte para atacar as eleições legislativas de 2011. Procedendo da forma como procedeu, mostrou mais uma vez que, a única alternativa para disputar o poder com o PAICV, passa pela liderança de Carlos Veiga. O que deixa bastante fragilizada a imagem política de todos quantos durante estes anos de oposição estiveram a dar a cara pelo MPD, bem como os quadros que suportavam a liderança de Jorge Santos.
Por outro lado, também para a maioria dos observadores políticos, parece óbvio que o MPD só terá hipóteses de disputar a governação do país em 2011, tendo como líder o Dr. Carlos Veiga. E, para evitar que seja posta em causa essa possibilidade de vitória, os ventoinhas preferem não correr o risco de mais uma rotura que possa fragilizar a sua posição em vésperas de eleições legislativas
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