sexta-feira, 31 de julho de 2009

O Poder, made in CV



Fora do país por uns dias, vou recebendo ecos do nosso parlamento através dos nossos jornais on-line. As últimas, falam de mais uma intervenção despropositada de Jorge Santos, que tem feito o seu percurso nessa casa parlamentar estribado num discurso bota a baixo, e, por vezes, na maioria das vezes, bastante incoerente, como parece ter sido esta última, em que aproveita os laços de sangue existentes entre o Dr. Manuel Barbosa e o Primeiro-ministro, para tentar denegrir a imagem deste segundo. Não é este o discurso político que se pretende para quem lidera o maior partido da oposição com assento no Parlamento e pretende ser o próximo primeiro-ministro do país. Ainda mais, quando se sabe que o advogado em causa, tem afinidades com o próprio MPD e nem sequer foi julgado.
Já na altura em que o Dr. Manuel Barbosa recebeu a ordem de prisão, por alegada ligação ao narcotráfico, me pareceram despropositadas, as declarações do Bastonário da Ordem dos Advogados, que entre outras coisas, terá afirmado que não se terá respeitado o direito à presunção de inocência do suspeito, constituído arguido, e, que a partir de então, qualquer advogado que defendesse alguém suspeito de envolvimento com o mundo do narcotráfico, corria o risco de ser preso. Note-se que o homem ainda nem foi julgado e já está a ser dado como culpado por quem deveria defendê-lo. Parece-me que indivíduos com o nível de responsabilidade do Sr. Bastonário e o até então Presidente do maior partido da oposição deveriam ser mais racionais e menos emocionais, para não dizer calculistas, na hora em que decidem intervir publicamente sobre determinadas matérias.

Fotografia:Jornal da Hiena
Texto:Baluka Brazão

2 comentários:

Amílcar Tavares disse...

Concordo com as tuas objecções e acrescento a convicção de que precisamos de mais qualidade na política!

Baluka Brazao disse...

Falta um incrementar do exercício de cidadania tanto em termos quantitativos como qualitativos! Temos que ser mais exigentes com quem tem pretensões de poder decidir por nós! Porque no fundo quem tem o poder de decidir somos nós! Falta a consciêncialização do cidadão. Precisa entender qual o seu papel na sociedade!
Abraço.

Ta Sumara Tempo

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Jasmine Keith Jarret

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