Tornou-se moda falar mal dos TACV, ou então tecer comentários sobre qual a melhor forma de gerir esta empresa de transportes aéreos nacional. É verdade que nos últimos anos a TACV tem passado por vários problemas de gestão que vêm afectando a imagem da empresa, a tal ponto que ninguém parece ter paciência para esperar que as coisas mudem. Ao ponto que as coisas chegaram, não me parece que haja fórmulas mágicas para que de um dia para outro as coisas mudem radicalmente e, as medidas de gestão que se vão tomando só produzirão efeitos em termos de resultados visíveis a médio prazo. Parece-me evidente que esta intransigência com que os media vêm tratando a TACV, em nada ajuda a recuperação da imagem sobejamente desgastada da transportadora aérea de bandeira, principalmente, quando se percebe que muitas das informações que vêm a público, partem de gente com acesso a informações privilegiadas dentro da TACV, que por motivação pessoal, vão usando a comunicação social, com o propósito de mostrar que anda tudo muito mal, pensando que assim, poderão atingir os objectivos pessoais preconizados. Para além disso, nota-se também que, tais informações são postas a circular pelos média, tal como são passadas, sem a mínima preocupação de se averiguar qual a veracidade dos factos noticiados. Presta-se assim um bom serviço a um amigo e um péssimo serviço à nação.
Na verdade a TACV passa por imensos problemas que nos preocupam a todos, especialmente, pelo papel que esta empresa tem de garantir a ligação da maior parte do território nacional, e ainda, parte das comunidades da diáspora ao território nacional. E, a meu ver, muitos desses problemas poderiam ser resolvidos, através de uma escolha criteriosa das pessoas que ocupam lugares de chefias intermédias, que são na verdade, quem garante a transmissão das políticas de gestão emanadas pela Administração da empresa, e, concomitantemente, os níveis de qualidade de serviço prestados pela empresa. Até porque, parece que os problemas existentes, são acima de tudo, problemas comportamentais.
Texto: Baluka Brazão
Fotografia de L. M. Correia
3 comentários:
BRAZÃO,
Na minha 1ª visita e... fiquei fidelizado! hehe
Na verdade, o problema dos TACV vai se prolongar até que apareça um POLÍTICO com as coisas no sítio (para não dizer palavrões!).
ISSO! Pulso forte, coragem e outras coisas as quais podemos traduzir no “Acto de dar uma vassourada na casa, pagar indemnizações a quem tenha que pagar e reformular a equipa, a missão e toda a estratégia da companhia com um conselho de ADMINISTRAÇÃO Competente e bem focada principalmente na boa gestão dos RH, numa 1ª fase”.
1. Construir uma equipa de raiz, com gente nova, com novas ideias e com sentido de dever! (Sobretudo mudar para melhor a qualidade no atendimento e por arrastamento a imagem da empresa);
2. Reestruturar a companhia. Cortar nas rotas não rentáveis, pesquisar novos mercados/nichos, estabelecer parcerias, etc. (A título de Exemplo, temos um mercado da Região Oeste Africana em crescimento, onde temos acesso privilegiado + o descalabro que são as companhias dos outros países dessa região… TUDO ISSO a nosso favor!)
Entre muitas outras coisas…
Tudo isto poderia até nos custar menos que o que nos está a custar agora. Mas nós, contribuintes, parecemos estar dispostos a aceitar de boca calada tudo o que se faz o deixa-se por fazer neste país.
Um abraço
Val
Obrigado pela tua visita e pelas pelas palavras deixadas, mister Bronze. Parece-me que a grande dificuldade de quem assume a administração da TACV, é encontrar pessoas capazes e sem vícios antigos para assumir os cargos de gestão na empresa. Quando se olha para os currículos dos que lá estão, os melhores acabam por ser os que têm contribuido para o estado em que se encontra a TACV. Concordo contigo quando dizes que é preciso preparar a empresa para que seja competitiva e possa almejar dar lucros. Para isso é preciso aliviar o nº de colaboradores em excesso, principalmente, na àrea administrativa, mas essa é uma tarefa muito complicada.
Concordo plenamente contigo!
Infelizmente existe muita gente por aí com boa preparação técnica mas ética que é bom, nada!
Como já disse e reitero outra vez, a solução é TOLERÂNCIA ZERO.
Mas infelizmente "Coragem" e "sentido de sacrifício" nesta questão para os políticos que nós temos (especialmente em tempos de eleições)... é uma utopia!
Abrx
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