quinta-feira, 2 de outubro de 2008
MONTRA
Fotografia: Baluka Brazão
O centro da capital do país continua a produzir diariamente, cenas que demonstram claramente a incapacidade das autoridades municipais no sentido de se fazer respeitar os códigos de postura. O negócio informal que era exercido pelas rabidantes que justificavam essa sua postura com o facto de não conseguirem ter proventos suficientes em outros locais da cidade - e que tinham como mercadoria, legumes, peixe, carne e fruta -, passaram agora a todo o tipo de material que se possa negociar, aproveitando da melhor forma, a altura mais propícia para cada negócio. Nos dias que antecederam a abertura do novo ano lectivo, deparei-me com batalhão de vendedeiras, com os seus alguidares repletos de material que normalmente é vendido nas papelarias e, curiosamente, estavam posicionadas nos passeios que circundam uma das papelarias mais conhecidas do Platô, onde normalmente existem grandes filas de clientes nessa altura do ano. Esse quadro, apesar de um tanto ou quando surrealista, está a tornar-se normal e recorrente na cidade, mostrando a grande capacidade de sentido de oportunidade para o negócio, existente na mulher cabo-verdiana. Mas não são só elas que nos surpreendem, também os nossos irmãos do continente vêem-nos dando lições de como expor as suas mercadorias nas zonas mais atractivas desta área comercial da cidade. Até parece que existe um intercâmbio de experiência entre as duas partes que, de certa forma, vêem assim encontrada a formula para concorrer com as lojas chinesas que invadiram o Platô.
No entanto, este quadro, mostra claramente o grau de desorganização e falta de capacidade ou vontade para lidar com esta situação que vai arrastando e piorando com o passar do tempo.
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